personagem fascinante, filme adequado [2.5/4]
Ao final do filme, um texto aparece na tela, explicando que Chico escreveu mais de 400 livros, mas não aceitou nem direitos autorais nem royalties para nenhum deles. Uau! Este filme biográfico é obviamente solidário com o homem que disse que funcionava como médium para milhares de espíritos, não só escrevendo livros senão cartas dos mortos para seus familiares sobreviventes.
O filme começa no final da vida de Chico, com sua aparição no programa de televisão Pinga Fogo. Se apresenta uma narrativa paralela sobre um casal quem perdeu o filho recentemente e não acha consolo. Então, experimentamos uma série de flashbacks, que mostram o infância díficil e desturbador do Chico, seu reconhecimento de seu dom, o aumento de sua fama, um escândalo sobre o dinheiro, e sua relação dificil com a liderança católica local.
O filme tem momentos de graça, como quando o pai o leva para uma bordel para sua primeira experiência sexual e de repente todos as prostitutas e seus clientes estão ajoelhados em oração, guiados pelo Chico. Outros momentos, como a resolução da narrativa atual com o casal sofrendo, sentem algo forçado.
Ao final, achei momentos chatos mas em geral gostei do filme e da oportunidade de aprender sobre uma personagem verdadeiramente fascinante e que – me pareceu do filme – passou sua vida tentando ajudar aos outros. Antes do filme, passaram o trailer para Nosso Lar [link], um fime baseado em um dos livros de Chico que sai nos próximos meses e que também parece interessante.
Nota sobre o conteúdo: O filme tem classificação livre no Brasil (ou seja, para todos). No começo, observamos um pouco de abuso físico de criança, não tão gráfico.